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Pagar contas públicas com recursos próprios é crítico ou difícil em 12 prefeituras da região de Ribeirão Preto, aponta Firjan

Prefeitura de Itirapuã Reprodução/Google Street View Doze cidades da região de Ribeirão Preto (SP) enfrentam dificuldades para bancar, exclusivamente com o...

Pagar contas públicas com recursos próprios é crítico ou difícil em 12 prefeituras da região de Ribeirão Preto, aponta Firjan
Pagar contas públicas com recursos próprios é crítico ou difícil em 12 prefeituras da região de Ribeirão Preto, aponta Firjan (Foto: Reprodução)

Prefeitura de Itirapuã Reprodução/Google Street View Doze cidades da região de Ribeirão Preto (SP) enfrentam dificuldades para bancar, exclusivamente com os recursos que arrecadam com impostos municipais, os gastos com prefeitura e câmara de vereadores, segundo o recém-divulgado Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Com base em dados referentes a 2024 fornecidos para o estudo, essas localidades, quase todas com populações abaixo de 10 mil habitantes, registraram índices abaixo de 0,6 em uma escala de 0 a 1 para o quesito "autonomia", um dos quatro usados avaliar a eficiência da gestão pública do IFGF em todo o país. São elas: Itirapuã (0) Santa Cruz da Esperança (0,09) Dobrada (0,16) Cândido Rodrigues (0,3) Terra Roxa (0,4) Jeriquara (0,41) Cássia dos Coqueiros (0,42) Taquaral (0,42) Santa Ernestina (0,44) Serra Azul (0,48) Taiúva (0,49) Taiaçu (0,5) Pior da lista, Itirapuã (SP) é um dos 24 municípios do estado de São Paulo que zeraram nesse critério, o que significa que não consegue apenas com a arrecadação própria arcar com essas despesas públicas. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Procuradas pelo g1, as prefeituras não se manifestaram sobre o estudo até a publicação desta reportagem 🔎A Firjan analisou as contas de mais de 5,1 mil prefeituras em quatro indicadores (autonomia, gastos com pessoal, investimentos, liquidez) que variam de zero a um e ajudam a formatar o índice de gestão fiscal (IFGF). A classificação para cada um desses critérios varia de acordo com as notas: abaixo de 0,4: situação crítica de 0,4 a 06: em dificuldade de 0,6 a 0,8: situação boa acima de 0,8: excelência No quesito "autonomia", mais da metade dos municípios brasileiros vive em situação crítica, sendo que mais de 1,2 mil cidades, com nota zero, não têm recursos suficientes para bancar o funcionamento dos poderes executivo e legislativo. Sem autonomia para bancar despesas Com um orçamento estimado em R$ 24,2 milhões para este ano, Itirapuã tem menos de 9% de suas receitas atreladas a impostos municipais, enquanto mais de 90% de suas finanças são dependentes de repasses estaduais e federais. Outras três cidades - Santa Cruz da Esperança (SP), Dobrada (SP) e Cândido Rodrigues (SP) - tiveram notas abaixo de 0,4, o que indica que conseguem fazer frente aos gastos públicos com recursos públicos, mas estão em um patamar crítico de gestão. Câmara dos Vereadores de Santa Cruz da Esperança, SP Ronaldo Gomes/EPTV Mais oito cidades tiraram notas abaixo de 0,6 e, apesar de estarem em uma condição um pouco menos desfavorável, também enfrentam dificuldades para arcar com as despesas da máquina pública sem precisar recorrer a aportes externos. "A receita local é suficiente para custear as despesas da prefeitura e Câmara, mas sobram poucos recursos para custear outras despesas municipais (como transporte, saneamento etc)", explicou a Firjan, por meio de sua assessoria de imprensa. A série histórica da Firjan também mostra que essas cidades registram notas baixas nesse critério de gestão ao menos desde 2013. Outras seis cidades da região não foram avaliadas porque não disponibilizaram dados para o estudo. São elas: Cajuru Jaborandi Pontal Pradópolis Restinga São José da Bela Vista Prefeitura de Serra Azul, SP Chico Escolano/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região