O mundo pode abandonar os combustíveis fósseis? Entenda os argumentos

Combustíveis fósseis: quais os argumentos para abandonar o uso? Os países pelo mundo concordaram que é preciso fazer uma "transição energética" para redu...

Combustíveis fósseis: quais os argumentos para abandonar o uso? Os países pelo mundo concordaram que é preciso fazer uma "transição energética" para redução do uso combustíveis fósseis. ➡️ Os combustíveis estão em quase tudo no nosso dia a dia: na geração de energia em alguns países, na produção, no transporte e até na roupa que você usa. Desde a revolução industrial o mundo vem aumentando o uso e, consequentemente, as emissões. Isso tem feito o planeta ficar mais quente já há algum tempo, mas agora os especialistas apontam que é urgente fazer a mudança. Há vários motivos para isso. Abaixo, o g1 separou os principais pontos para o mundo repensar o uso de combustíveis fósseis a longo prazo: 1. Impacto no clima A queima de combustíveis fósseis é uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa, que aquecem a atmosfera e agravam a crise climática. Para cumprir as metas de redução de emissões e conter o aquecimento global, é essencial reduzir a dependência desses combustíveis. 2. Riscos para a saúde Além do clima, os combustíveis fósseis impactam diretamente a saúde das pessoas. A queima de carvão, petróleo e gás libera poluentes perigosos, como partículas finas e óxidos de nitrogênio, que causam doenças respiratórias, cardiovasculares e até câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar mata cerca de 7 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. 3. Insegurança econômica A dependência de petróleo e gás também representa um risco geopolítico. Crises internacionais, guerras e oscilações de preço tornam países altamente dependentes dessas fontes mais vulneráveis. Além disso, os combustíveis fósseis não são renováveis: uma hora, os estoques acabam. Isso significa que, mesmo países que hoje produzem petróleo e gás precisarão se adaptar. É possível fazer isso? Na COP 28, em 2023, pela 1° vez, os países concordaram é preciso fazer uma "transição energética" para redução do uso combustíveis fósseis. Esse é um grande passo para o mundo. É claro que substituir um modelo de energia tão consolidado não é simples. A mudança exige planejamento, investimento e compromisso global. Segundo os especialistas, a transição é possível. Diversos países estabeleceram metas para reduzir sua dependência de fontes fósseis. Isso passa por repensar o modelo de energia, de produção e até mesmo maneiras de compensação -- que é quando há emissão, mas são compensadas com ações como plantio de árvores, investimento em recuperação de florestas, entre outros. Isso ajuda a aliviar enquanto isso transição completa ainda não é possível. No caso do Brasil, o cenário é relativamente mais favorável: boa parte da energia elétrica vem de fontes renováveis, como hidrelétricas. O ponto central no país é o freio ao desmatamento -- responsável por metade das emissões no país.