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MPF investiga falta de exame cardíaco na rede pública do Amapá

Consultores do Ministério da Saúde visitam o Amapá para implantar atendimento O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação para apurar por q...

MPF investiga falta de exame cardíaco na rede pública do Amapá
MPF investiga falta de exame cardíaco na rede pública do Amapá (Foto: Reprodução)

Consultores do Ministério da Saúde visitam o Amapá para implantar atendimento O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação para apurar por que o exame de ressonância magnética cardíaca não é oferecido na rede pública de saúde do Amapá. A medida foi tomada após decisão da Justiça Federal, que obrigou o estado a custear o procedimento para uma paciente. O caso está sendo analisado pela 5ª Vara Federal do Juizado Especial Cível de Macapá. Segundo a Defensoria Pública da União (DPU), o exame foi realizado em uma clínica particular. Em resposta à Justiça, o governo do Amapá informou que o serviço não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) no estado e que não há convênios com clínicas privadas para esse tipo de atendimento. Baixe o app do g1 para ver notícias do AP em tempo real e de graça   Ao g1, a Secretaria de Estado da Saúde do Amapá (Sesa) informou, nesta quinta-feira (18), que disponibiliza os exames por meio de três clínicas credenciadas (Veja a resposta mais abaixo). De acordo com o MPF, a Sesa explicou que o procedimento não está previsto nos contratos atuais e não se enquadra nos critérios do Sistema de Regulação de Alta Complexidade. Atualmente, a ressonância magnética cardíaca — exame que avalia a estrutura e o funcionamento do coração — só é realizada em clínicas particulares no estado. LEIA TAMBÉM: Homem é preso com drogas em barco que seguia para o Bailique, no Amapá Pedestres reclamam da falta de acessibilidade em calçadas no Centro de Macapá Passageiros enfrentam falta de ônibus em Macapá após empresa recolher frota O MPF solicitou esclarecimentos ao governo estadual, às clínicas envolvidas e ao Ministério da Saúde. O órgão quer saber se o exame pode ser incluído no sistema nacional de regulação e quais medidas podem ser adotadas para garantir o atendimento no Amapá ou em outras regiões. O procurador da República Aloizio Brasil Biguelini, responsável pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, criticou a ausência do exame na rede pública. “O Exame de Ressonância Magnética Cardíaca é de extrema importância e fundamental em muitos casos. É inaceitável que ele não seja disponibilizado na rede pública de saúde. Todos os entes públicos — União, Estados e Municípios — têm deveres constitucionais e legais com relação ao direito à saúde e precisam se articular, cada um dentro de suas competências, para cumprir esses deveres”, afirmou. Os ofícios já foram enviados. Governo do Amapá, clínicas particulares e Ministério da Saúde têm até 15 dias úteis para responder aos questionamentos do MPF. O que diz a Sesa A Secretaria de Estado da Saúde do Amapá (Sesa) informou que disponibiliza regularmente exames de ressonância magnética do sistema cardíaco por meio de três clínicas credenciadas. Os procedimentos oferecidos são: Ressonância magnética de coração ou aorta com CINE com contraste Com contraste e sedação Com sedação CINE-RM Segundo a Sesa, o exame é seguro, não invasivo e indolor, e é utilizado para investigar, diagnosticar e monitorar doenças cardiovasculares. O que diz o Ministério da Saúde O Ministério da Saúde informou que o exame de ressonância magnética cardíaca não faz parte dos procedimentos intermediados pela Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC). Por isso, o atendimento deve ser pactuado diretamente entre os estados, quando não houver oferta local. O exame é realizado em outras unidades da federação, como Rondônia, Acre, Amazonas e Pará. O procedimento é custeado pelo Ministério da Saúde com recursos do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC). Ressonância Magnética Divulgação Ministério Público Federal (MPF) no Amapá MPF/Divulgação Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá VÍDEOS com as notícias do Amapá: