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Justiça determina que morador preso por ataques homofóbicos seja expulso de condomínio em Natal

Justiça expulsa morador de condomínio preso por homofobia no RN Um homem de 49 anos, preso desde agosto após uma série de ataques homofóbicos, perseguiç...

Justiça determina que morador preso por ataques homofóbicos seja expulso de condomínio em Natal
Justiça determina que morador preso por ataques homofóbicos seja expulso de condomínio em Natal (Foto: Reprodução)

Justiça expulsa morador de condomínio preso por homofobia no RN Um homem de 49 anos, preso desde agosto após uma série de ataques homofóbicos, perseguições e ameaças contra vizinhos, deve ser expulso do condomínio onde morava, no bairro Cidade Alta, no Centro de Natal. A decisão foi tomada pelo juiz Otto Bismark Nobre, da 4ª Vara Cível da Comarca de Natal. O magistrado determinou que o morador desocupe o apartamento no prazo de até 30 dias a partir do trânsito em julgado do processo. Além disso, ele deverá pagar multa de R$ 14 mil. 📳 Clique aqui para seguir o canal do g1 RN no WhatsApp A decisão judicial não retira a propriedade do imóvel, mas impede que o homem volte a morar no local, mesmo após sair da prisão. Em caso de descumprimento, a Justiça autorizou o despejo compulsório com reforço policial. O pedido havia sido feito à Justiça pela própria administração do condomínio. LEIA MAIS Homofobia, bombas e perseguição: vizinho é preso em Natal após ameaças e ataques a moradores Moradores relatam ataques homofóbicos de vizinho preso em Natal: 'Não podia sair do prédio sem medo' Prisão por ataques homofóbicos O homem foi preso preventivamente em 14 de agosto, após investigações da Polícia Civil apontarem que ele praticava crimes reiterados de homofobia, injúria qualificada, ameaça e perseguição contra vizinhos – principalmente casais de mulheres. De acordo com a polícia, ele já acumulava mais de 20 boletins de ocorrência e 14 processos judiciais por perseguição, homofobia e injúria qualificada. Homem foi preso por homofobia e ameaças a vizinhos em agosto Reprodução/PCRN Uma das vítimas relatou ter sofrido agressões físicas e ofensas constantes. "Ele já teve uma agressão corporal comigo na grade do prédio. Começou a xingar, cantar na janela palavras como ‘sapatão vai morrer’ e fazer gestos obscenos. Na garagem, ele circulava com a moto, tentando nos atingir", disse a mulher, que pediu para não ser identificada. Outro morador, o advogado Raimundo Oliveira, disse que também foi alvo dos ataques. “Eu passava, ele me chamava de viado, seboso, macumbeiro, até de maconheiro. Quando passava no corredor, ele escarrava. Chegou a avançar com a moto em cima da gente e usou explosivos para constranger", contou. Um dos episódios mais graves ocorreu quando o homem arremessou bombas caseiras na garagem e no jardim do condomínio, gerando clima de medo entre os moradores. Investigações Na ocasião da prisão, a delegada Paola Maués, responsável pelo caso, explicou que o suspeito também perseguia o síndico do prédio em razão da orientação sexual dele. “As testemunhas que colaboravam se tornavam vítimas dele. Também perseguia e ofendia o síndico do prédio, em razão da orientação sexual”, disse. A polícia informou que ele responderia judicialmente por crimes de discriminação, injúria qualificada em razão da orientação sexual, perseguição e ameaça. As penas previstas para os crimes de preconceito variam de dois a cinco anos, mas podem ser somadas pelo contexto. Durante buscas no apartamento, a Polícia Civil apreendeu dispositivos eletrônicos e uma grande quantia em dinheiro, cuja é investigada, já que o suspeito declarou que estava desempregado. Veja os vídeos mais assistidos no g1 RN