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Suspeito de envolvimento na morte de turista argentino no Rio é preso em São Paulo

Vítor dos Santos Oliveira é preso por suspeita da morte de argentino Reprodução A Polícia do Rio prendeu nesta segunda-feira (15) um suspeito de envolvimen...

Suspeito de envolvimento na morte de turista argentino no Rio é preso em São Paulo
Suspeito de envolvimento na morte de turista argentino no Rio é preso em São Paulo (Foto: Reprodução)

Vítor dos Santos Oliveira é preso por suspeita da morte de argentino Reprodução A Polícia do Rio prendeu nesta segunda-feira (15) um suspeito de envolvimento na morte do argentino Alejandro Mario Ainsworth, de 54 anos, encontrado morto semana passada na Zona Oeste da cidade. Vítor dos Santos Oliveira foi localizado em São Paulo e preso em parceria com a polícia local. Ele foi identificado por agentes da Delegacia de Homicídios da capital através de imagens de câmeras de segurança e movimentações financeiras realizadas com o cartão bancário da vítima após a sua morte. Alejandro trabalhava como gerente administrativo de uma rede de laboratórios da Argentina. O homem estava de férias na capital fluminense quando desapareceu após sair do hotel onde estava hospedado em Copacabana, Zona Sul do Rio. Alejandro deixa a boate com homem, identificado como Vítor dos Santos Oliveira Reprodução Segundo a polícia, Alejandro foi visto pela última vez saindo de uma boate em Copacabana. O homem que o acompanhava, filmado pelas câmeras de segurança, era Vítor dos Santos Oliveira, por volta das 01h45 do dia 8 de setembro. Às 9h45 do mesmo dia, ele foi visto em um posto de gasolina utilizando um dos cartões da vítima. O corpo de Ainsworth foi encontrado na quinta-feira (12), na Zona Oeste da cidade, e identificado pela família. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso e não descarta a hipótese de "Boa noite, Cinderela". Equipes da especializada tentam localizar imagens de câmeras que ajudem a esclarecer a morte do turista. Alejandro Mario Ainsworth Redes sociais Segundo as primeiras informações da polícia, o corpo não apresentava sinais de violência. A suspeita é de que Alejandro tenha sido dopado com substâncias misturadas a bebidas alcoólicas. O gerente administrativo foi visto pela última vez na noite de domingo (8), por volta das 23h44, entrando no elevador do hotel onde estava hospedado. No dia seguinte, funcionários perceberam que ele não havia feito o check-out e avisaram a família. Segundo a imprensa argentina, nas horas seguintes, movimentações suspeitas foram registradas em suas contas bancárias: saques, alterações de senha e pedidos de empréstimos.  Uma das contas teve US$ 3.500 [cerca de R$ 18 mil] retirados, e um empréstimo de 4 milhões de pesos [mais de R$ 14 mil] foi processado. A família conseguiu bloquear uma nova tentativa de crédito antes que fosse concluída. Uma imagem publicada no Google Fotos na manhã de segunda (9) também chamou atenção: mostrava um carro estacionado em uma área de mata. O celular de Alejandro permaneceu ativo até a noite daquele dia, mas não foi mais rastreado. Sem conseguir contato com Alejandro, a família registrou o desaparecimento. A delegacia de Atendimento ao Turista (Deat) e o Consulado Argentino iniciaram buscas. Quem era Alejandro De acordo com jornais argentinos, Alejandro Ainsworth, conhecido como Alex, nasceu na cidade de Campana, na Argentina, e morava atualmente na capital Buenos Aires. Argentino Alejandro Mario Ainsworth, achado morto no Rio Reprodução/Redes sociais Ele era pai de dois filhos, de 22 e 24 anos, e conhecido por ser carinhoso e dedicado à família. Em suas redes sociais, costumava compartilhar momentos com amigos e parentes. Sua última publicação no Facebook, em fevereiro de 2023, foi uma série de fotos de um reencontro com ex-colegas de escola. “Trinta e quatro anos depois nos reencontramos. Agora pais e alguns avós, mas com a mesma essência, as mesmas loucuras e rindo das mesmas bobagens”, escreveu. Formado em Administração de Empresas com foco em Saúde, Alejandro trabalhou por décadas em áreas de gestão, auditoria e atendimento médico domiciliar. Também dava aulas particulares há mais de 20 anos. Uma das noras do argentino publicou uma homenagem nas redes sociais: “Sempre tão carinhoso e gentil comigo, sempre tão atencioso para que não nos faltasse nada. Vou sentir muita falta de você, sogro.” O corpo de Alejandro Mario foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) do Centro e exames periciais ainda vão determinar a causa da morte. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu o caso e aguarda o resultado de exames periciais para saber a causa da morte do turista argentino.