'Foram atrás de qualquer pessoa do bairro', afirma delegado sobre facção apontada por morte de adolescente que tinha acabado de saber que seria pai

"Foram atrás de qualquer pessoa do bairro", afirma delegado sobre facção apontada O adolescente Francisco Kennedy da Silva Rosa, de 15 anos, foi morto por in...

"Foram atrás de qualquer pessoa do bairro", afirma delegado sobre facção apontada O adolescente Francisco Kennedy da Silva Rosa, de 15 anos, foi morto por integrantes de uma facção criminosa que buscavam vingar a morte de um membro, segundo o delegado Divanilson Sena, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A vítima não integrava nenhum grupo criminoso. Francisco estava a caminho da casa da namorada e havia descoberto que seria pai, quando foi surpreendido e morto no bairro Parque Universitário, Zona Leste de Teresina, na noite de 21 de julho — véspera de seu 16º aniversário. O adolescente iria contar a novidade aos pais no dia do aniversário. "A gente colheu elementos de informação que apontam indícios de que Francisco Kennedy foi morto em razão de morar em uma região de uma facção rival à dos autores, após a morte de um faccionado. Momentos depois esses faccionados se reuniram e foram atrás de qualquer pessoa do bairro com atuação da facção rival", disse o delegado. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Segundo o delegado, o faccionado em questão é Samuel Ferreira Fidalgo, de 28 anos. O jovem foi assassinado horas antes de Francisco. “Os autores do homicídio do Samuel jogavam futebol no bairro com o Francisco, no mesmo campo, mas comprovar que ele [Francisco] tenha envolvimento de fato com essa facção criminosa, a gente não comprovou”, completou Divanilson Sena. 'Vivia para estudar', diz família Família diz que adolescente morto não tinha envolvimento com facção Segundo a Polícia Militar do Piauí, na data do crime, moradores relataram que quatro homens armados, em duas motocicletas, avançaram pelas ruas e mandaram “todos entrarem em suas casas”. Os criminosos encontraram Francisco Kennedy e atiraram contra o adolescente, que morreu no local. A perícia criminal estima que ele foi atingido por mais de 15 disparos, a maioria na região da cabeça. Francisco estudava no Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Gervásio Costa, no bairro Piçarreira, mesma região em que morava. Três dias após o crime, no dia 24 de julho, a mãe de Francisco, a doméstica Keytiane de Maria da Silva, de 38 anos, disse que o filho era um jovem estudioso. O pai de Francisco, Marcos da Rocha Rosa, de 40 anos, também relatou que o filho não possuía envolvimento com o crime, mas que por morar no bairro, conhecia algumas pessoas que poderiam integrar facções. “Falaram que eles iriam matar qualquer pessoa de lá, mas não sabemos de nada. O que sabemos é que nosso filho não é envolvido”, disse o pai. "Nós temos provas que o nosso filho não fazia nada e vivia para estudar. Ele sempre saía com a gente e nas férias sempre ia para Timon (MA) me ajudar na feira. Ele trabalhava lá com orgulho. Agora nos resta cobrar justiça. Uma coisa é certa, assim como criamos ele, iremos criar nosso neto", completou a mãe. 'Foram atrás de qualquer pessoa do bairro', afirma delegado sobre facção apontada por morte de adolescente que tinha acabado de saber que seria pai Reprodução VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube