Réu por estuprar e decapitar idosa com Alzheimer alega insanidade mental e juiz suspende júri popular

Josenilda Lins Ezequiel da Silva, de 64 anos, foi assassinada após ser estuprada em terreno baldio em Paulista, no Grande Recife Reprodução/WhatsApp A 1ª Va...

Josenilda Lins Ezequiel da Silva, de 64 anos, foi assassinada após ser estuprada em terreno baldio em Paulista, no Grande Recife Reprodução/WhatsApp A 1ª Vara Criminal de Paulista, no Grande Recife, cancelou, de última hora, a sessão de júri popular do homem que estuprou, matou e decapitou uma idosa com Alzheimer na véspera do Natal de 2022. O corpo de Josenilda Lins Ezequiel da Silva, de 64 anos, foi encontrado num terreno baldio sem a cabeça e as mãos. Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o julgamento, que seria realizado nesta quinta-feira (18), foi desmarcado porque a defesa de Antônio Vitor Alves da Silva alegou que ele teve um "incidente de insanidade mental" quando praticou o crime. O g1 tenta contato com a defesa do réu. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE De acordo com o TJPE, o juiz Thiago Cintra determinou a realização de um laudo pericial para verificar se ele tem algum transtorno mental. Se o exame confirmar o diagnóstico, o réu é considerado inimputável e o processo, suspenso. Caso contrário, será marcada uma nova data para o julgamento. Réu confesso, Antônio Vitor Alves da Silva tinha 18 anos na época do crime, que aconteceu na manhã de 24 de dezembro de 2022, por volta das 6h, na Rua 145, no bairro de Jardim Paulista. Ele responde por quatro crimes: homicídio qualificado, estupro, ocultação e vilipêndio de cadáver, que é o ato de desrespeitar ou ultrajar o corpo de alguém por gestos, palavras ou agressões. Em entrevista ao g1, o advogado Weryd Simões, que representa a família da vítima e atua no caso como assistente de acusação, disse que, em quase três anos de processo, essa é a primeira vez que o réu alega ter insanidade mental. "O defensor público designado para realizar a defesa dele no plenário do júri, não foi o defensor público que atuou desde o início. É um profissional independente, com sua autonomia funcional. Quando ele chegou para estudar o júri e realizar a sessão de hoje, ele levantou a tese do incidente de sanidade mental. A lei diz que isso pode ser feito a qualquer tempo", afirmou. O advogado disse, ainda, que os parentes da idosa aguardam o julgamento "com expectativa e confiança" na Justiça. "A família de Josenilda Lins Ezequiel da Silva não poupará esforços na busca incansável por justiça", comentou. Crime na véspera de Natal O g1 teve acesso aos autos do processo que tramita em segredo de Justiça. Conforme as investigações, a vítima saiu de casa sozinha e pegou um ônibus, percorrendo 14 quilômetros até descer numa parada próximo ao local onde foi assassinada. Segundo o relatório do inquérito realizado pela Polícia Civil, câmeras de segurança registraram o momento em que o criminoso encontrou a vítima no meio da rua e a levou ao terreno abandonado. O corpo da idosa foi achado no local, com cortes profundos na região do abdômen e genitália. A cabeça dela foi localizada a cerca de 50 metros de distância. As mãos nunca foram encontradas. As investigações apontam, ainda, que o réu estuprou a vítima antes de matá-la. Em depoimento, Antônio Vitor disse que Josenilda foi babá dele e praticou o crime porque foi abusado sexualmente por ela quando era criança. No entanto, o inquérito averiguou que a vítima nunca havia trabalhado como babá em casa de família e que a mulher só trabalhou cuidando de crianças em um colégio particular em Olinda. Ainda de acordo com o inquérito, o criminoso foi flagrado por câmeras de segurança perseguindo mulheres enquanto vagava pelas ruas da localidade onde ocorreu o assassinato. ⬇️ Veja, no vídeo abaixo, as diferenças entre homicídio doloso e culposo: Quais as diferenças entre o homicídio culposo e doloso? VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias