Homens armados com fuzis invadem hospital municipal para matar rival no Rio

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Oito homens armados invadiram um hospital municipal, no Rio Oito homens armados com fuzis invadiram um hospital municipal, no Rio de Janeiro, para matar um rival. O homem que os bandidos buscavam tinha sido baleado horas antes no bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, região com intensa atuação de milícias. Atingido por 9 disparos, Lucas Fernandes de Souza, de 31 anos, foi levado para o Hospital Pedro II — que fica a sete quilômetros dali. Em 2019, Lucas foi preso e depois condenado por envolvimento com uma milícia que explora serviços e cobra taxas de moradores e comerciantes. Ele está em liberdade condicional e, segundo a polícia, virou alvo porque teria migrado para o tráfico. As câmeras de segurança da unidade flagraram a chegada do bando na madrugada. Eram oito homens. A investigação acredita que os mesmos bandidos que tentaram matar Lucas à tarde, voltaram para terminar o serviço à noite. Um deles aparece na imagem armado com fuzil e vestindo uniforme igual ao da Delegacia de Combate ao Crime Organizado — a Draco. Assim que entraram no hospital, eles foram direto ao centro cirúrgico. Mas Lucas Fernandes já tinha sido operado e se recuperava na enfermaria. A ação durou aproximadamente 10 minutos e deixou em pânico médicos, enfermeiros e pacientes — naquele momento, oito gestantes estavam em trabalho de parto. O secretário municipal de Saúde disse que a situação da segurança pública no Rio é crítica e que neste ano as unidades de saúde do município foram obrigadas a interromper o funcionamento 516 vezes por causa de conflitos armados. A declaração provocou reação do secretário de Segurança. "Hoje nós temos os melhores números da série histórica da segurança pública do Rio de Janeiro. Dizer que existem 516 ocorrências envolvendo hospitais em segurança pública, isso é uma mentira. Hoje, não temos nem 20% de ocorrências envolvendo hospitais, unidades do município", comenta Victor Santos, secretário estadual de Segurança. O secretário municipal de Saúde rebateu. "Foram 516 fechamentos com hora e dia exato daquela unidade para, fechar. Se ele não está vendo todo dia uma unidade de saúde sendo fechada, como está sendo fechada por motivo de violência, ele não está vivendo nessa cidade", diz Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde do Rio. Enquanto autoridades trocam acusações, pacientes ficam acuados. O homem que era alvo dos criminosos foi transferido com escolta policial. Até agora, ninguém foi preso. Homens armados com fuzis invadem hospital municipal para matar rival no Rio Reprodução/TV Globo