cover
Tocando Agora:

Trama golpista: Moraes cita vídeo em que empresário diz estar 'louco para ser interrogado' e dá andamento a denúncia

Paulo Figueiredo, que está fora do país, é o único denunciado pela PGR que não teve a acusação analisada pelo STF devido à dificuldade de notificação ...

Trama golpista: Moraes cita vídeo em que empresário diz estar 'louco para ser interrogado' e dá andamento a denúncia
Trama golpista: Moraes cita vídeo em que empresário diz estar 'louco para ser interrogado' e dá andamento a denúncia (Foto: Reprodução)

Paulo Figueiredo, que está fora do país, é o único denunciado pela PGR que não teve a acusação analisada pelo STF devido à dificuldade de notificação pessoal. Diante disso, citação foi realizada por edital. Empresário diz estar 'louco para ser interrogado', mas não responde à Justiça em acusação sobre trama golpista Reprodução/YouTube O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última sexta-feira (27) a continuidade da análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o empresário Paulo Figueiredo Filho por participação na trama golpista. Neto do general João Figueiredo, último presidente do Brasil na ditadura militar, Paulo Figueiredo é acusado de ter cometido os crimes de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Ele é o único dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de golpe que não teve a acusação analisada pela Primeira Turma do STF. 📄Isso ocorreu porque as autoridades tiveram dificuldade de notificar Paulo Figueiredo Filho pessoalmente, uma vez que o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mora no exterior. 📰Diante disso, atendendo a um pedido da PGR, o ministro Alexandre de Moraes determinou, no dia 26 de fevereiro, a notificação do denunciado por edital com prazo de 15 dias, modalidade prevista na legislação brasileira. Como não houve uma resposta à citação, em 24 de março, Moraes intimou a Defensoria Pública da União (DPU) para que apresentasse uma resposta como representante do empresário. A DPU deixou de apresentar resposta e pediu a suspensão do processo contra Paulo Figueiredo. Na última sexta, Moraes rejeitou o pedido da Defensoria e reafirmou a legalidade da citação por edital. O ministro, então, considerou o empresário "notificado" e deu determinou à DPU que apresente uma defesa em nome de Paulo Figueiredo. Se, após a apresentação da defesa, a Primeira Turma do STF receber a denúncia da PGR, o empresário virará réu por tentativa de golpe e responderá a um processo penal no Supremo. Empresário tem 'pleno conhecimento', diz Moraes Na decisão divulgada nesta segunda-feira (30), Moraes afirma que Paulo Figueiredo Filho "tem pleno conhecimento da acusação" da PGR contra ele. O ministro menciona, inclusive, um vídeo publicado pelo empresário no YouTube em que Paulo Figueiredo cita o pedido da DPU pela suspensão do processo. Nesse vídeo, divulgado em abril, o empresário chega a dizer que está "louco para ser interrogado". "O réu manifestou, inclusive, que é 'louco para ser interrogado' acerca de fatos que lhe são imputados na presente denúncia", registra o ministro do STF. A PGR acusa Paulo Figueiredo de fazer parte do chamado núcleo de desinformação, que atuava contra as instituições e adversários. "No caso dos autos, a ciência inequívoca do acusado indica a ausência de qualquer prejuízo na realização de sua notificação. Além disso, o acusado está localizado em país estrangeiro e em endereço desconhecido, de modo que não há possibilidade de sua notificação por outros meios", conclui Moraes. Versões entram em choque nas acareações da Trama Golpista