Pescadores do Marajó protestam contra exploração de petróleo na Foz do Amazonas
Pescadores artesanais da comunidade de Jubim, na Ilha do Marajó, realizaram um protesto neste domingo (21) contra o projeto de exploração de petróleo na Foz...

Pescadores artesanais da comunidade de Jubim, na Ilha do Marajó, realizaram um protesto neste domingo (21) contra o projeto de exploração de petróleo na Foz do Amazonas. João Paulo Guimarães Pescadores artesanais da comunidade de Jubim, na Ilha do Marajó, realizaram um protesto neste domingo (21) contra o projeto de exploração de petróleo na Foz do Amazonas. A ação reuniu 16 embarcações em uma linha simbólica no rio, exibindo uma faixa com a mensagem: “COP30: Amazônia de pé, petróleo no chão”. Segundo os pescadores, a abertura de uma nova fronteira de exploração de petróleo ameaça diretamente os ecossistemas marinhos e a segurança alimentar da comunidade, que depende da pesca para sobreviver. Eles afirmam que um vazamento ou a presença da indústria petrolífera pode comprometer a qualidade da água, afastar os peixes e destruir modos de vida tradicionais. “Hoje a comunidade de Jubim vive um momento muito preocupante. Quando os navios de grande porte passam pelo rio já levam nossas redes. Se o petróleo avançar, a vida dos pescadores artesanais do Marajó ficará ainda mais ameaçada”, disse o pescador e pesquisador da UFPA Nelson Bastos. Pescadores artesanais da comunidade de Jubim, na Ilha do Marajó, realizaram um protesto neste domingo (21) contra o projeto de exploração de petróleo na Foz do Amazonas. João Paulo Guimarães Mobilização global O ato integra a campanha internacional “Draw the Line / Delimite”, que reúne mais de 600 mobilizações em 90 países entre 15 e 21 de setembro, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque. O objetivo é pressionar por medidas reais de enfrentamento à crise climática e marcar oposição a novos projetos de combustíveis fósseis. No Brasil, além do Marajó, também houve ações em Belém, Manaus, Rondolândia, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. A manifestação ocorre a seis semanas da COP30, que será realizada em Belém. Organizações indígenas, ribeirinhas e quilombolas apoiaram o ato no Marajó, ao lado de coletivos ambientais como 350.org, Observatório do Marajó e a campanha A Resposta Somos Nós. VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará