Ministério Público pede reabertura da investigação sobre mulher estuprada em casa por eletricista terceirizado da Copel, no Paraná
MP considerou que 'faltam diligências importantes para a adequada compreensão do caso'. Polícia Civil disse que está realizando as diligências complementar...

MP considerou que 'faltam diligências importantes para a adequada compreensão do caso'. Polícia Civil disse que está realizando as diligências complementares solicitadas. Mulher fica sem luz, aciona Copel e é estuprada por eletricista terceirizado O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu que a Polícia Civil do estado reabra a investigação sobre o caso da mulher que denunciou ter sido estuprada por um eletricista terceirizado da Companhia Paranaense de Energia (Copel) dentro da própria casa, após acionar a concessionária por estar sem luz. Ao g1, o MP disse que o inquérito foi analisado e devolvido à delegacia, que terá 15 dias de prazo para retorná-lo à promotoria. "O MP-PR considerou que ainda faltam diligências importantes para a adequada compreensão do caso. Além disso, foi requisitado que o delegado verifique a necessidade de encaminhamento da vítima para eventuais atendimentos especializados, bem como de aplicação de medida protetiva para a vítima", afirmou o órgão. ✅ Siga o g1 PR no Instagram ✅ Siga o canal do g1 Ponta Grossa no WhatsApp Em nota, a Polícia Civil disse apenas que "está realizando as diligências complementares solicitadas pelo Ministério Público, que é o titular da ação", sem especificar quais são elas. O g1 ainda questionou se a corporação deve pedir medida protetiva para a vítima ou prisão do suspeito, mas a polícia não respondeu as perguntas. A delegada Cláudia Krüger, responsável pela investigação, divulgou que finalizou o inquérito na segunda-feira (7). Ela indiciou o eletricista e, no mesmo dia, encaminhou o caso ao MP-PR para análise da denúncia criminal. De acordo com a policial, o crime aconteceu em 30 de maio em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná e foi denunciado à polícia horas depois, por e-mail. Na mensagem, a vítima disse no momento do abuso que ficou em choque, sem saber o que fazer, e destacou que a relação não foi consensual. "Um dos moços que veio me roubou um beijo e me levou para o porão, porque ia procurar uma ferramenta lá. Só que, nisso, ele já foi querendo fazer algo a mais. No momento eu fiquei em choque, sem saber o que fazer, houve penetração [...], eu não queria aquilo, mas não consegui falar na hora. Depois de alguns segundos eu falei pra ele parar porque fiquei com medo de engravidar, daí ele parou e a gente subiu pra casa", diz o trecho divulgado do e-mail. Trecho do e-mail enviado pela vítima à polícia Polícia Civil Leia também: Luto: Corpo de menina paranaense que morreu em cânion no RS é velado neste sábado (12), em Curitiba Investigações: Família denuncia morte de bebê após ter atendimento negado em posto de saúde no Paraná Entenda: Mulher é indiciada por jogar ácido nas partes íntimas do ex durante relação sexual no Paraná, diz delegado Segundo a delegada, a vítima completou 18 anos de idade recentemente e mora com a avó idosa. "Depois do ato ela ficou quieta. Foi quando os prestadores de serviço foram embora que ela contou para a avó", relata Krüger. A delegada contou que ouviu testemunhas que corroboram a versão da vítima e que tanto a Copel quanto a empresa terceirizada colaboraram com as investigações e auxiliaram na identificação do suspeito. O nome do funcionário e o da empresa não foram revelados. Segundo a delegada, isso se deve ao fato de casos envolvendo crimes sexuais tramitarem sob segredo de Justiça. O g1 tenta identificar a defesa do suspeito. Prestador de serviço da Copel é indiciado por estupro contra cliente em Ponta Grossa Nenhum profissional é autorizado a entrar nas casas, diz Copel Em nota, a Copel disse que oficiou a empresa terceirizada sobre a acusação assim que recebeu a denúncia e solicitou apuração a respeito. "A Copel procurou a Delegacia da Mulher em Ponta Grossa para se colocar à disposição e colaborar na investigação. A empresa terceirizada comunicou a Copel que o funcionário acusado foi desligado dos seus quadros. O assunto segue com as autoridades policiais", afirmou a Companhia. A Copel também ressaltou que as distribuidoras de energia têm responsabilidade pela operação e manutenção das redes que ficam nas ruas e da sua conexão até a entrada de serviço dos imóveis, onde fica o relógio de luz. "Nenhum profissional, próprio ou contratado, é autorizado a acessar quaisquer áreas do domicílio do cliente, além do local onde está o medidor de energia", destaca a Companhia. Denúncias Denúncias sobre quaisquer situações podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 197, da Polícia Civil, ou, 181, do Disque-Denúncia. Se o crime estiver acontecendo naquele momento e houver alguém em situação de perigo, a Polícia Militar deve ser acionada pelo telefone 190. Vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul