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Maduro faz dancinha com robô IA em meio a tensões com os EUA; VÍDEO

Maduro faz dancinha com robô de IA em meio a tensões com os EUA O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, encontrou um parceiro de dança inusitado nesta se...

Maduro faz dancinha com robô IA em meio a tensões com os EUA; VÍDEO
Maduro faz dancinha com robô IA em meio a tensões com os EUA; VÍDEO (Foto: Reprodução)

Maduro faz dancinha com robô de IA em meio a tensões com os EUA O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, encontrou um parceiro de dança inusitado nesta segunda-feira (22). Durante sua participação em uma feira comercial em Caracas, que foi transmitida ao vivo pela TV estatal, Maduro dançou ao som da gaita, música natalina tradicional venezuelana, ao lado de um robô com inteligência artificial (veja no vídeo acima). ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A cena insólita ocorre em um momento de tensão cada vez maior com os Estados Unidos. Há uma semana, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que o país está cercado e anunciou um bloqueio total a embarcações que estejam entrando ou saindo da Venezuela. No mesmo evento, Maduro aproveitou a oportunidade para alfinetar Trump. Disse que ele "estaria melhor" se focasse mais em seu país, e não na Venezuela: "Penso que o presidente Trump poderia fazer melhor em seu país e no mundo. Ele estaria melhor no mundo se focasse nos problemas do seu próprio país. Não é possível que 70% dos seus discursos e declarações sejam [sobre] a Venezuela. E os Estados Unidos?". Esta não é a primeira vez que Maduro apela para uma dancinha descontraída para tentar minimizar a crise em que se encontra. Há um mês, durante um encontro com estudantes, ele requebrou ao som de um remix de suas próprias falas e, entre passos e sorrisos, afirmou que “as ameaças” dos Estados Unidos não vão pará-lo. Maduro dançando com robô IA VENEZUELAN GOVERNMENT TV via REUTERS Trump já admite possível retirada de Maduro do poder Desde agosto, quando começou a ofensiva militar no Caribe, o presidente Donald Trump e seus aliados sempre afirmaram que o foco era o combate ao narcotráfico e à entrada de drogas em território americano. No entanto, nesta segunda-feira (22), Trump admitiu que uma mudança de regime na Venezuela pode ocorrer. O republicano, que anunciou uma nova classe de navios de guerra batizada em homenagem a ele mesmo em um evento na Casa Branca, disse que a coisa "mais inteligente" que o venezuelano poderia fazer é renunciar. Questionado se seu governo quer tirar Maduro do poder, afirmou: "Isso depende dele, do que ele queira fazer. Acho que seria inteligente de sua parte fazer isso [renunciar]. Se ele quiser bancar o durão, será a última vez". Maduro e Trump em fotos de arquivo Reuters A declaração de Trump ocorreu horas depois de sua secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, afirmar que Maduro "tem que sair" do poder em uma entrevista à emissora americana Fox News. Ao ser questionada sobre os petroleiros vindos do país que vem sendo interceptados pelos EUA, Noem afirmou: "Não estamos apenas interceptando navios, mas também enviando uma mensagem ao mundo de que a atividade ilegal da qual Maduro participa não pode ser tolerada; ele tem que sair". Em entrevista recente à revista "Vanity Fair", Susie Wiles, chefe de Gabinete da Casa Branca, já havia sugerido que o verdadeiro objetivo de Trump é tirar Maduro do poder. No sábado (20), após Kristi Noem postar um vídeo confirmando a segunda interceptação feita pelos EUA, a Venezuela divulgou um comunicado condenando a ação, descrevendo-a como um grave ato de pirataria internacional. Governo Trump mostra ação que apreendeu segundo petroleiro vindo da Venezuela A primeira apreensão ocorreu no último dia 10. Uma semana depois, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um bloqueio total a petroleiros da Venezuela e disse que país estava completamente cercado. As operações americanas foram alvo de críticas da Rússia e da China nesta segunda-feira. O governo chinês afirmou que a "apreensão arbitrária" de navios de outros países pelos Estados Unidos constitui uma grave violação do direito internacional. Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, o país se opõe a todas as "sanções unilaterais e ilegais" dos EUA. O governo russo, que já havia expressado anteriormente seu apoio a Maduro, também reafirmou seu “total apoio” à Venezuela. Nicolás Maduro é acusado pelos EUA de ser o líder do Cartel de los Soles, descrito como um grupo ligado ao tráfico de drogas, e oferece uma recompensa de US$ 50 milhões - o equivalente a R$ 277 milhões - por informações que levem à sua captura. As Forças Armadas dos Estados Unidos também já realizaram uma série de ataques contra embarcações que supostamente eram usadas para o tráfico de drogas no Mar do Caribe e no Pacífico oriental. Destruíram cerca de 30 embarcações, e pelo menos 104 pessoas morreram nos ataques.