cover
Tocando Agora:

Justiça determina que policial acusado de matar lutador Leandro Lo seja reincorporado à PM e volte a receber salário de R$ 14,6 mil

O ex-policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, preso por ter matado o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, em agosto de 2022. Reprodução/Instagra...

Justiça determina que policial acusado de matar lutador Leandro Lo seja reincorporado à PM e volte a receber salário de R$ 14,6 mil
Justiça determina que policial acusado de matar lutador Leandro Lo seja reincorporado à PM e volte a receber salário de R$ 14,6 mil (Foto: Reprodução)

O ex-policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, preso por ter matado o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, em agosto de 2022. Reprodução/Instagram/TV Globo A Justiça de São Paulo acolheu um pedido da defesa do ex-PM Henrique Otavio Oliveira Velozo, acusado de matar o campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo em 2022, e determinou que ele seja reintegrado à Polícia Militar até o fim do julgamento pelo crime na Justiça Militar. Em decisão liminar, o desembargador Ricardo Dip, do Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP), suspendeu a eficácia do decreto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que demitiu Velozo da corporação. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Dip também determinou que o governo de São Paulo e a Polícia Militar voltem a pagar o salário de R$ 14,6 mil que recebia da corporação antes de ter tido a patente cassada pela Justiça Militar paulista. Admitida embora a independência das instâncias penal, cível e administrativa, mostra-se razoável que se aguarde o trânsito em julgado do acórdão proferido pelo Conselho de Justificação para, então, admitir-se a aplicação da penalidade de demissão e suspensão dos vencimentos. Ele ponderou ainda que deixar de pagar salário a ele no período feria a presunção de inocência. "A supressão dos vencimentos durante o período em que o acusado permanece recolhido no presídio, aguardando decisão definitiva, parece vulnerar os princípios constitucionais da presunção de não culpabilidade e da irredutibilidade de vencimentos", escreveu. O g1 procurou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e o Palácio dos Bandeirantes para comentarem a liminar, mas não havia recebido retorno até a última atualização desta reportagem. Saiba quem é o lutador Leandro Lo, baleado na cabeça após discussão em SP Demissão em setembro No último dia 22 de setembro, o Diário Oficial de São Paulo publicou a decisão do governador de demitir o tenente. A publicação afirmava que cumpria decisão do Tribunal de Justiça Militar de SP, que em junho já tinha determinado a perda de posto e patente do tenente. A demissão aconteceu mais de três anos depois do crime, ocorrido em agosto de 2022. Naquela ocasião, Henrique Velozo deu um tiro na cabeça de Leandro Lo, após os dois se envolverem em uma briga dentro de um show de pagode no Clube Sírio, na Zona Sul da capital paulista. Com a demissão, Velozo deixou de receber o salário mensal de R$ 14,6 mil que foi garantido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), até que os processos administrativos estivessem concluídos na Justiça Militar e dentro da PM. Na ocasião, o g1 procurou a defesa de Henrique Velozo, que disse, por meio de mensagem, que “ele será absolvido e regressará às fileiras da Polícia Militar do Estado de São Paulo”, declarou o advogado Cláudio Dalledone Jr. Velozo está preso no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo, desde o dia do crime. Julgamento criminal adiado Apesar de estar fora da corporação, o ex-policial ainda não foi julgado pela Justiça. No último dia 5 de agosto, o júri foi adiado pela 2ª vez, por conta de um bate-boca entre os advogados do agora ex-PM e os promotores do caso, no Tribunal Criminal da Barra Funda. A discussão cancelou o júri que colocaria fim ao crime que ocorreu em agosto de 2022. Após a saída dos jurados do plenário 6, no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste, o juiz determinou a dissolução do júri e o remarcou para os dias 12, 13 e 14 de novembro deste ano, a partir dar 10h. Leandro Lo foi campeão mundial de jiu-jítsu por oito vezes. A última conquista, na categoria meio-pesado, foi em 2022, a primeira em 2012, na categoria peso-leve. Nas redes sociais, ele narra os dois títulos como “as duas conquistas mais importante da carreira”. .