José Roberto de Castro Neves toma posse na Academia Brasileira de Letras
Advogado e escritor, ele é o mais jovem imortal da ABL. No discurso de posse, Castro Neves enalteceu a cultura brasileira. José Roberto de Castro Neves toma p...

Advogado e escritor, ele é o mais jovem imortal da ABL. No discurso de posse, Castro Neves enalteceu a cultura brasileira. José Roberto de Castro Neves toma posse na cadeira de número 26 na Academia Brasileira de Letras O advogado e escritor José Roberto de Castro Neves tomou posse, na sexta-feira (11) à noite, na cadeira de número 26 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele é o mais jovem imortal da Academia Brasileira de Letras, hoje. José Roberto de Castro Neves tem 54 anos e passa a ocupar a cadeira que era do pernambucano Marcos Vilaça, advogado e escritor que morreu em março. José Roberto de Castro Neves toma posse na Academia Brasileira de Letras. Reprodução/Jornal Nacional O carioca sempre navegou pelo direito e pela literatura. Tem a maior biblioteca do país sobre o poeta e dramaturgo inglês, William Shakespeare, com cerca de cinco mil títulos. "Eu já nasci um pouco segurando um livro. A decoração de hoje é de livros, são livros que eu trouxe para cá para mostrar um pouco desse afeto pelas letras", comenta o escritor. Um leitor voraz desde pequeno. Um colecionador apaixonado por livros. José Roberto de Castro Neves já escreveu 18 obras, além de ser advogado e professor universitário. Segundo os acadêmicos, ele tem sede de viver e tem uma força de trabalho capaz de ajudar a ABL na sua missão. No seu discurso de posse, José Roberto de Castro Neves defendeu a valorização da diversidade na cultura. “Homero, Dante, Shakespeare, Érico Veríssimo são fontes de cultura. Também são fontes de cultura os orixás e a tradição iorubá, o funk das periferias, os bois de Parintins, Mozart, Beatles, Cartola, Lupicínio Rodrigues, Roberto Carlos, Steven Spielberg, Oscar Niemeyer, Esquilo, Rita Lee, Clarice Lispector, Maria Callas", listou. “Cultura, como explica o acadêmico e poeta Gilberto Gil, é necessidade básica. Deveria estar no nosso prato todos os dias como feijão e arroz”, disse. “Ele tem o sentimento do futuro, só que o futuro é também um evocar do passado, da leitura, da cultura, ler, ler, ler, até de olhos fechados, ler!”, afirma o jurista e acadêmico, Joaquim Falcão. Joaquim Falcão, também jurista, fez o discurso de recepção ao novo membro da ABL. O acadêmico falou sobre a importância do poder judiciário para a democracia. “Nesse momento, onde ele é alvo de críticas estrangeiras injustas, só com um grande aplauso podemos defender o nosso judiciário”, destacou. O novo imortal disse que entrar pra ABL é a maior honraria que poderia receber na vida. Lembrou dos pais dizendo que estariam orgulhosos. Sempre o incentivaram a ler. “Sem leitura, não temos capacidade de perceber o relevante. A solução, a única solução, se dá pelo estímulo à educação. Por meio da educação, oferecida em grande parte pelos livros, o ser humano se desenvolve. E, assim, carrega a humanidade adiante num rumo civilizatório", destacou. LEIA TAMBÉM José Roberto de Castro Neves é eleito para a Academia Brasileira de Letras