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Instituição forma cidadãos ativos com práticas sustentáveis de impacto socioambiental

Em um cenário global marcado por mudanças climáticas, degradação ambiental e desafios sociais cada vez mais complexos, as instituições de ensino superior...

Instituição forma cidadãos ativos com práticas sustentáveis de impacto socioambiental
Instituição forma cidadãos ativos com práticas sustentáveis de impacto socioambiental (Foto: Reprodução)

Em um cenário global marcado por mudanças climáticas, degradação ambiental e desafios sociais cada vez mais complexos, as instituições de ensino superior assumem um papel essencial na construção de soluções que conciliam desenvolvimento e preservação. Mais do que espaços de aprendizado acadêmico, universidades e centros universitários tornaram-se verdadeiros laboratórios de transformação, formando profissionais capazes de aliar conhecimento técnico a uma visão crítica e responsável do mundo. A educação para a sustentabilidade vai além de disciplinas ou eventos pontuais: trata-se de criar experiências práticas que conectem alunos, professores e comunidades à realidade dos problemas socioambientais e os inspirem a desenvolver alternativas concretas. Ao unir conhecimento científico, inovação e engajamento social, as universidades constroem pontes entre o saber acadêmico e a vida cotidiana, mostrando que cada ação pode gerar impacto positivo e duradouro. Um exemplo desse compromisso está em projetos que unem solidariedade, reciclagem e educação ambiental. Iniciativas como oficinas de reaproveitamento de materiais, campanhas de conscientização sobre consumo responsável e programas voltados para mobilidade sustentável têm o poder de mudar comportamentos e fortalecer vínculos comunitários. A ideia é simples, mas poderosa: demonstrar, na prática, que resíduos podem se transformar em recursos, que pequenas mudanças no dia a dia ajudam a reduzir impactos ambientais e que a responsabilidade socioambiental é uma tarefa coletiva. Para Izabeth Silveira, coordenadora de Responsabilidade Social do Centro Universitário Cidade Verde (UniCV), o propósito de envolver a comunidade acadêmica em ações ambientais está ligado a uma missão maior: formar cidadãos com consciência crítica e senso de pertencimento. “Acreditamos que educar para a sustentabilidade é educar para a vida. Cada projeto, cada campanha, cada mobilização é uma oportunidade de mostrar aos alunos que eles podem ser protagonistas de mudanças reais, capazes de transformar não apenas o meio ambiente, mas também as relações humanas e sociais”, afirma. Entre as ações desenvolvidas, destacam-se aquelas que unem reaproveitamento de materiais e apoio a causas sociais, como as campanhas que recolhem bijuterias, roupas e outros itens descartados e os transformam em produtos com nova utilidade, gerando renda para entidades assistenciais e fortalecendo redes de solidariedade. Esse tipo de iniciativa revela como práticas de reciclagem e reutilização podem ir além da preservação ambiental e alcançar aspectos humanos, como autoestima, dignidade e inclusão social. Outro eixo importante está nas campanhas voltadas à mobilidade e ao consumo consciente. Incentivar a troca do carro pela bicicleta, compartilhar caronas, reduzir o uso de plásticos e adotar hábitos de economia de água e energia são ações simples, mas que, quando incorporadas ao cotidiano universitário, ajudam a criar uma cultura coletiva de respeito ao meio ambiente. Essas práticas reforçam a ideia de que a sustentabilidade não se constrói apenas com grandes tecnologias ou políticas públicas, mas com atitudes consistentes e colaborativas. O reitor da instituição, José Carlos Barbieri, resume essa visão ao destacar que a educação de qualidade está diretamente ligada à responsabilidade socioambiental. “Formar profissionais competentes é fundamental, mas formar cidadãos conscientes é o que garante o futuro. Quando a universidade assume para si a tarefa de educar para a sustentabilidade, ela multiplica o alcance das suas ações, porque cada aluno leva esse aprendizado para sua vida, sua carreira e sua comunidade.” Essa perspectiva amplia o papel das instituições de ensino superior, que deixam de ser apenas centros de produção de conhecimento para se tornarem agentes ativos de transformação social e ambiental. Ao integrar ensino, pesquisa e extensão com práticas sustentáveis, elas mostram que é possível unir inovação e compromisso ético, preparando as novas gerações para enfrentar os desafios do século XXI com responsabilidade, criatividade e solidariedade. Mais do que reduzir impactos ambientais, as universidades ajudam a formar uma consciência coletiva de que desenvolvimento e sustentabilidade precisam caminhar juntos. Cada oficina, campanha ou projeto realizado reforça a noção de que cuidar do planeta e das pessoas não é uma opção, mas um dever compartilhado. E é nesse ponto que a educação encontra sua missão mais nobre: inspirar mudanças que ultrapassam os muros acadêmicos e se refletem na sociedade como um todo.