cover
Tocando Agora:

Câmara de BH aprova em 1º turno uso de áreas públicas para construção de complexo hospitalar estadual

Projeto que viabiliza novo hospital na Gameleira recebeu apoio da maioria dos vereadores, apesar de obstrução da oposição, que argumentou falta de debate e ...

Câmara de BH aprova em 1º turno uso de áreas públicas para construção de complexo hospitalar estadual
Câmara de BH aprova em 1º turno uso de áreas públicas para construção de complexo hospitalar estadual (Foto: Reprodução)

Projeto que viabiliza novo hospital na Gameleira recebeu apoio da maioria dos vereadores, apesar de obstrução da oposição, que argumentou falta de debate e risco de fechamento de unidades já existentes. Projeto foi alvo de debates acalorados entre contrários e favoráveis. Na montagem, os vereadores Bruno Pedralva (PT), à esquerda da foto, e Fernanda Altoé (Novo), à direita da foto. Cristina Medeiros/CMBH A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou em primeiro turno, nesta sexta-feira (11), o rojeto de lei que autoriza a desapropriação de trechos de ruas no bairro Gameleira, na região Oeste da capital, para a construção de unidades de saúde. As áreas serão destinadas à construção do novo Complexo de Saúde Hospital Padre Eustáquio (HoPE) e do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), iniciativa do governo estadual em parceria com a prefeitura. A votação foi marcada por embates entre os vereadores da base e da oposição. O texto foi aprovado por ampla maioria, com resistência apenas de parte da bancada de esquerda, que argumentou falta de debate e risco de fechamento de unidades já existentes. (saiba mais abaixo) A proposta volta agora às comissões da Casa para análise das emendas, antes de ser votada em definitivo e, assim, ir para sanção do prefeito, caso seja aprovada. O que prevê o projeto Encaminhado pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil) à Câmara a pedido do Executivo estadual, o projeto autoriza a transferência de quatro áreas não utilizadas pelo município à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Os trechos desafetados compreendem partes das ruas Cônego Felício, Eugênio Ricaldoni, Vinte e Dois e Raimundo Rodrigues de Paula. A justificativa é viabilizar a construção de um novo complexo hospitalar com mais de 500 leitos, que irá absorver quatro hospitais estaduais atualmente em funcionamento: Alberto Cavalcanti, Eduardo de Menezes, João Paulo II e a Maternidade Odete Valadares. A proposta é que os serviços atualmente prestados nessas unidades sejam absorvidos pela nova estrutura, que terá administração em parceria público-privada e atendimento promovido pelo estado, totalmente voltado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Oposição critica rapidez e cobra debate Durante a votação, parlamentares da oposição, principalmente PT e Psol, protestaram contra a tramitação acelerada da proposta e a ausência de análise prévia pela Comissão de Saúde. “A nossa obstrução é para que a gente não vote esse projeto hoje, para que a gente faça uma audiência pública com o governo do estado e a gente tenha algumas garantias”, alegou a vereadora Iza Lourença (Psol). Também houve críticas ao fato de o projeto prever o encerramento das atividades nos quatro hospitais atuais, sem detalhar o reaproveitamento das estruturas físicas nem o futuro dos servidores. Pedro Patrus (PT) classificou o projeto como “submissão da Câmara aos interesses do governador e da iniciativa privada”. "Primeiro, que é uma mentira falar que esses hospitais vão ser fechados, no próprio projeto fala que a desafetação dessa área é para construção de um complexo, onde os hospitais João Paulo II, Eduardo de Menezes, Alberto Cavalcanti e Maternidade Odete Valadares estarão dentro do complexo e que se isso não for feito o imóvel volta para o Município", rebateu Fernanda Altoé (Novo), parlamentar favorável ao projeto. O líder de governo na Câmara, Bruno Miranda (PDT), defendeu que a proposta terá impacto positivo para todo o estado de Minas Gerais. “Aqui a gente está olhando não só para a saúde da cidade, mas de toda Minas Gerais”, argumentou o líder de governo. Resultado da votação principal do projeto. Cristina Medeiros/CMBH Nomeações e movimentações políticas A aprovação do projeto ocorreu dias após o prefeito Álvaro Damião promover uma série de nomeações em massa para cargos de direção e chefia na administração municipal — muitos deles de nomes ligados a vereadores. A medida é vista como parte da articulação para garantir apoio a projetos estratégicos no Legislativo. Os dois parlamentares da esquerda que não se opuseram ao projeto, Cida Falabella (Psol) e Pedro Rousseff (PT), são os mais próximos do prefeito. Cida, que emplacou recentemente nomes para a Fundação Municipal de Cultura, não participou da sessão, enquanto Rousseff votou a favor, contrariando a orientação da bancada. Durante as discussões, vereadores se manifestaram sobre debates que tomam conta da agenda nacional, com bonés em favor do presidente Lula (PT) e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Cristina Medeiros/CMBH Vídeos mais assistidos do g1 MG