Brasileiro medalhista de ouro na Olímpiada Internacional de Astrofísica tem música como aliada especial: 'Penso em montar banda'
Com apenas 17 anos, Luca Pieroni conquista medalha de ouro na 18ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), em Munbai, na Índia Arquivo pe...

Com apenas 17 anos, Luca Pieroni conquista medalha de ouro na 18ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), em Munbai, na Índia Arquivo pessoal/Luca Pieroni O brasileiro Luca Pieroni Pimenta, de 17 anos, conquistou uma medalha de ouro na 18ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), disputada neste mês em Mumbai, na Índia. O jovem de Valinhos (SP) contou ao g1 que teve uma aliada importante na preparação: a música. A relação dele com a musicalidade é tão forte que, apesar de projetar uma atuação profissional no campo da ciência ou engenharia, Luca ainda sonha em montar uma banda com amigos. "Gosto muito de cantar. Música me ajuda quando estou estressado. Meus pais até brincam comigo, que quando não estou bem vou tomar banho com a música no volume máximo. Isso me deixa mais animado", diz Luca Participe do canal do g1 Campinas no Whatsapp 📲 A competição na Índia teve seis provas e a fase final ocorreu na quinta-feira (21). Uma das avaliações é a teórica, que teve 5 horas de duração, atingindo o recorde de uma das mais longas das olimpíadas internacionais, segundo o estudante. A dificuldade não impediu que Luca se divertisse durante as etapas, principalmente na prova de cartas celestes - que consiste em um mapeamento do céu utilizado para identificar objetos astronômicos — e que é uma das etapas na qual ganhou o prêmio de melhor nota. "Eram etapas árduas. Eu fiquei bem ansioso, e com certeza meus pais me apoiaram demais nessa". O menino e as ciências Conheça a trajetória do medalhista da Olimpíada Internacional de Astronomia Se a música é a inspiração artística do jovem, a figura do engenheiro metalúrgico Marcelo Pimenta é para quem ele olha com admiração no campo da ciência. Pimenta é o pai de Luca e mantém conversas com o menino sobre as ciências da natureza há muitos anos, quando a busca pelo conhecimento começava a nascer. "Sempre fui muito curioso. E meus pais me incentivaram desde a infância, me dando livros sobre astronomia, ou me ajudando a estudar algo fora do que aprendia na escola. Meu pai conversava muito comigo sobre materiais, átomos. Isso mudou a minha mente", diz Luca. Marcelo conta que o filho sempre teve o desejo de entender o mundo por meio da ciência. "Desde pequeno sempre visitamos muitos museus, muita exposição. Luca aprendeu a ler muito cedo, e eu acredito que os livros despertam esse interesse e curiosidade nele", diz. A música O estudante e medalhista em uma das olimpíadas mais conhecidas no Brasil reforça que sua vida não se resume a isso. "As minhas conquistas são muito importantes para mim, mas nunca deixei de sair com os meus amigos e fazer o que gosto por isso. Penso muito em montar uma banda com os meus amigos um dia", conta. Luca vai prestar os vestibulares neste ano, a engenharia é a sua primeira opção, apesar de sua paixão por astronomia. A Olimpíada Para chegar na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, Luca passou por diversas etapas. Começando pelas provas da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), na escola. Com a seleção da OBA, os alunos do ensino médio que são aprovados com notas de 7 ou mais, são chamados para avaliações online. A partir dessa avaliação, são selecionados alunos para uma fase presencial, com provas teóricas e práticas, em assuntos como astrofísica, matemática, e cartas celestes. E por fim, são recrutados para um treinamento presencial, com diversas provas, até chegar na fase internacional. VÍDEO: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Campinas