Após operação contra garimpo, Humaitá deve ganhar delegacia da PF para combate a crimes ambientais
Dragas destruídas no 2° dia da operação Boiúna contra o garimpo ilegal no sul do Amazonas Divulgação/PF Após receber a Operação Boiúna, deflagrada pe...

Dragas destruídas no 2° dia da operação Boiúna contra o garimpo ilegal no sul do Amazonas Divulgação/PF Após receber a Operação Boiúna, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta semana, o município de Humaitá, no Amazonas, deve ganhar uma delegacia própria para repressão de crimes ambientais. A informação foi confirmada com exclusividade à Rede Amazônica pelo coordenador do Centro de Cooperação de Polícia Internacional da Amazônia (CCPI/Amazônia) Paulo Henrique Oliveira. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do AM em tempo real e de graça A nova unidade já recebeu autorização para ser instalada na cidade e atualmente passa pela fase de implantação. A previsão é de que a delegacia seja inaugurada no primeiro semestre de 2026. O objetivo da nova delegacia é fazer com que ações de repressão a crimes ambientais na região deixem de ser pontuais e ocorram regularmente. Segundo Oliveira, o município localizado às margens do Rio Madeira é historicamente uma região em que há muitos crimes ambientais, em especial a atividade garimpeira. "E há muito tempo não se tem notícia de qualquer autorização pra extração mineral naquela região", afirma. Operação Boiúna Deflagrada na segunda-feira (16), a Operação Boiúna acontece no leito do Rio Madeira, nos municípios de Humaitá e Manicoré, no Amazonas, além de Rondônia. Segundo o coordenador do CCPI, mais de 200 dragas usadas por garimpeiros ilegais já foram destruídas até quinta-feira (18). As dragas usadas no garimpo são equipamentos flutuantes que servem para extrair minerais, principalmente ouro, de rios e leitos submersos. Elas funcionam como grandes aspiradores ou escavadeiras aquáticas. "Estima-se, só com relação as dragas, um prejuízo de mais de R$ 18 milhões. Agora nessa fase estamos mensurando os danos ambientais causados por essas dragas e também passando a fazer o atendimento a trabalhadores que são encontrados nesses locais, muitas vezes submetidos a condições insalubres", diz Oliveira. Vídeos obtidos pelo g1 mostram a destruição de dragas de garimpo ilegal na orla de Humaitá. Veja abaixo. A destruição das balsas provocou protestos em Humaitá. Garimpeiros se reuniram na sede do município contra a ação e houve confronto com policiais. Na terça-feira (16), a prefeitura de Humaitá chegou a suspender as aulas e paralisou os serviços públicos devido à nova possibilidade de conflitos entre garimpeiros e agentes das forças de segurança. Sobe para 98 o número de dragas destruídas em operação da PF contra garimpo ilegal no Amaz