Após 5 meses de acidente que matou três no AC, laudo pericial não foi concluído e famílias cobram resposta
Após 5 meses de acidente que matou três no AC, laudo pericial não foi concluído Cinco meses depois do acidente na Via Verde, em Rio Branco, que deixou três...

Após 5 meses de acidente que matou três no AC, laudo pericial não foi concluído Cinco meses depois do acidente na Via Verde, em Rio Branco, que deixou três mortos e uma pessoa ferida, o laudo pericial ainda não foi concluído pela Polícia Civil. A demora, no entanto, tem deixado os familiares indignados. (Veja detalhes abaixo). Macio da Silva, Carpegiane Lopes e Fábio Farias, funcionários da Empresa Estação VIP, e a autônoma Raiane Xavier foram atropelados por Talysson Duarte. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Macio da Silva morreu no local. Cerca de três dias depois, Carpegiane Lopes morreu na UTI do PS e Fábio Farias morreu no dia 22 de maio. Raiane recebeu alta no mesmo dia do acidente. No dia 3 de junho, o Departamento de Polícia Técnico-Científica do Acre (DPTC) usou um drone para mapear o local onde ocorreu o acidente. O material foi enviado à polícia científica de São Paulo, que usa um software especializado para reconstituir a dinâmica do acidente e calcular a velocidade dos veículos envolvidos. Ao g1, o delegado Karlesso Nespoli, responsável pelas investigações, informou que o material coletado segue sem previsão de retorno da polícia de São Paulo. Ele destacou que as investigações só vão ser concluídas quando o laudo da perícia chegar. “Infelizmente, ainda estamos aguardando as informações da perícia de São Paulo, a qual foi solicitada a nos prestar apoio para melhores esclarecimentos e concluir as investigações. Por enquanto, sem previsão'', disse. Carpegiane Lopes, Macio da Silva e Fábio Farias foram vítimas de acidente na Via Verde em abril de 2025 Foto cedida Cobrança por respostas Os familiares estão revoltados com a demora na conclusão das investigações. O g1 conversou com familiares dos rapazes que morreram e eles dizem que não entendem por que o caso está demorando para avançar e ser resolvido. Deise Furtado, esposa de Fábio Farias, terceira vítima a morrer após o acidente, relata que a família já buscou informações várias vezes, mas não obteve retorno. “São cinco meses sem nenhuma resposta. O que fica para a gente é indignação e revolta. Foram três vidas perdidas, dois pais de família e parece que vai ficar por isso mesmo”, disse. A viúva conta ainda que o motorista acusado de provocar o acidente segue com a vida normalmente, enquanto as famílias convivem com a dor da perda. “Ele matou três pessoas e está vivendo como se nada tivesse acontecido. Isso causa ainda mais revolta”, completou. LEIA MAIS: A pedido do MP, perícia usa drone para mapear via e concluir laudo de acidente que matou 3 no Acre Defesa de motorista que matou dois em acidente diz que carro derrapou em pista molhada: 'Está bastante abalado' A sobrinha de Macio da Silva, que morreu no local do acidente, Daniela Caroline, reforça a sensação de impunidade. Ela destaca que, sem o resultado da perícia, o caso não consegue avançar na Justiça e que a família não tem resposta. “O mesmo que tirou a vida de três pessoas e deixou uma ferida segue em liberdade. Meu tio perdeu o direito à vida e a impunidade dói quase tanto quanto a perda. Que a memória das vítimas não seja esquecida e que esse caso não fique impune”, criticou. Para a família de Carpegiane Lopes, segunda vítima a morrer, o tempo sem respostas aumenta o sofrimento. A prima Thais Freitas afirma que outras tragédias semelhantes tiveram investigações rápidas, mas o caso do primo segue sem conclusão. “Já faz cinco meses e nada foi feito. O responsável segue livre, dirigindo. O que a gente sente é dor e injustiça, porque vemos outros casos sendo resolvidos rápido e o do meu primo não”, afirmou. Defesa do condutor No dia 8 de maio, Talysson Duarte prestou depoimento após quase um mês do acidente. A namorada dele, identificada como Kaline Santana Matos, 24 anos, estava na caminhonete no momento da batida e também prestou depoimento. Segundo a defesa de Talysson, a jovem confirmou que o namorado perdeu o controle do veículo e bateu nas motocicletas. O advogado Emerson Costa, que defende o condutor, Talysson alegou que no momento do acidente estava indo almoçar com a namorada. A defesa voltou a dizer que o carro derrapou na pista molhada e o veículo aquaplanou. VÍDEO: g1