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1º dia do júri popular dos acusados pela morte de advogado é encerrado após 10h de audiência em Taubaté; julgamento será retomado nesta sexta

Juri popular dos suspeitos pela morte de Leonardo Bonafé em Taubaté O júri popular dos dois homens acusados por envolvimento na morte do advogado Leonardo Bo...

1º dia do júri popular dos acusados pela morte de advogado é encerrado após 10h de audiência em Taubaté; julgamento será retomado nesta sexta
1º dia do júri popular dos acusados pela morte de advogado é encerrado após 10h de audiência em Taubaté; julgamento será retomado nesta sexta (Foto: Reprodução)

Juri popular dos suspeitos pela morte de Leonardo Bonafé em Taubaté O júri popular dos dois homens acusados por envolvimento na morte do advogado Leonardo Bonafé, que foi executado em Taubaté agosto do ano passado, foi suspenso na noite desta quinta-feira (18), após cerca de 10 horas de audiência. O julgamento será retomado nesta sexta-feira (19), a partir das 9h30, com a fala do Ministério Público de SP. Os réus são Carlos Ramon da Silva Gonçalves e Marcelo Henrique Carvalho Coppi, que estão presos. De acordo com a denúncia do Ministério Público, eles não executaram o crime, mas participaram do caso pois prepararam e forneceram o carro aos executores. O júri começou por volta das 10h30, no Fórum de Taubaté. Já havia a previsão de que o julgamento pudesse se estender até sexta-feira (19), devido à complexidade do caso. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp A Rede Vanguarda apurou que sete jurados - sendo três homens e quatro mulheres - e 13 testemunhas participaram do júri ao longo desta quinta-feira. No entanto, das 13 testemunhas, apenas seis foram ouvidas - as demais foram dispensadas. O júri teve início às 10h30 e o primeiro a ser ouvido foi o delegado Vinicius Garcia, que comandou a investigação do caso e é o atual chefe da DEIC de Taubaté. Ao longo da manhã, Vinícius falou sobre a investigação e apontou que a dupla é responsável pela adulteração de veículos, incluindo o usado no crime. O delegado disse, como testemunha, que não restam dúvidas que os réus preparam a clonagem do carro para ser usado justamente para o cometimento do crime. O delegado foi ouvido até por volta das 14h20, quando foi feita uma pausa para o almoço. O júri foi retomado às 15h30 e, ao longo da tarde, mais cinco testemunhas foram ouvidas. Foram realizados interrogatórios a portas fechadas. Com a sessão suspensa por volta das 20h30, os trabalhos serão retomados nesta sexta-feira, por volta das 9h30, com o momento de fala do Ministério Publico de SP. Cerca de 100 pessoas acompanham a sessão desta quinta-feira, entre amigos e parentes da vítima e dos réus, além de estudantes de direito e advogados da cidade. Leonardo tinha 25 anos e era filho do advogado e então candidato a prefeito de São Luiz do Paraitinga, Flavio Bonafé (MDB). Ele foi atingido por pelo menos seis disparos de arma de fogo quando chegava ao trabalho e não resistiu aos ferimentos. LEIA TAMBÉM: Júri deve acontecer em 2 dias e com 13 testemunhas Advogado é morto a tiros em carro na região do Três Marias, em Taubaté, SP Foto 1: Arquivo pessoal | Foto 2: Lucas Rodrigues O que diz a defesa dos réus? Em nota, a defesa de Carlos Ramon manifestou pesar e se solidarizou com o caso. O advogado afirmou que "o réu jamais participou ou prestou qualquer auxílio material ao delito, como sustentou em todas as fases da investigação e da instrução". A nota continua com a defesa afirmando que "confia que, no dia do julgamento pelo Tribunal do Júri, todos os fatos serão devidamente esclarecidos, para que a justiça prevaleça". Já a defesa de Marcelo Coppi disse que confia que "os jurados terão a certeza de que jamais participou de qualquer crime" e que Marcelo "sente muito pelo crime e deseja que os verdadeiros culpados sejam em breve presos e julgados". Polícia investiga morte de advogado em Taubaté O caso O advogado criminalista Leonardo Bonafé foi assassinado a tiros no dia 28 de agosto, na região do Parque Três Marias, em Taubaté (SP). Ele tinha 25 anos e era filho do advogado e então candidato a prefeito de São Luiz do Paraitinga, Flavio Bonafé (MDB). O crime aconteceu por volta das 10h10, na rua Newton de Vasconcellos. Segundo a Polícia Civil, Leonardo chegava de carro para trabalhar, quando foi atingido por pelo menos seis disparos. Ele morreu no local. Leonardo foi velado na capela das Mercês, em São Luiz do Paraitinga. O enterro foi realizado no cemitério da cidade. Na ocasião, a assessoria de imprensa de Flávio Bonafé afirmou em nota que o filho dele "teve seus sonhos interrompidos por um crime bárbaro". Jovem é morto a tiros dentro de carro em Taubaté; vítima é filho de candidato a prefeito em São Luiz do Paraitinga Lucas Rodrigues/TV Vanguarda Prisões Marcelo Henrique Carvalho Coppi foi preso primeiro, no dia 6 de setembro do ano passado. Em outubro, Carlos Ramon da Silva Gonçalves foi encontrado em Valinhos e também acabou preso. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por participação em homicídio com uso de traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou impossibilite a defesa do ofendido. De acordo com a denúncia do MP, eles não são os executores do crime, mas participaram do caso pois prepararam e forneceram o carro aos executores. O carro em questão - um Jeep Renegade preto - é peça importante no caso, pois os executores estavam dentro dele quando efetuaram os disparos contra o advogado. Depois de cometerem o crime, os criminosos fugiram no carro, que horas depois foi encontrado queimado na estrada do Sete Voltas, na zona rural de Taubaté. Carro usado na morte de Leonardo Bonafé foi encontrado queimado na estrada do Sete Voltas, na Zona Rural de Taubaté Reprodução/TV Vanguarda A Justiça acatou o pedido do Ministério Público argumentando que há indícios suficientes da participação de Marcelo Henrique e Carlos Ramon no crime. De acordo com a Justiça, Marcelo era o dono do Jeep Renegade preto clonado e levou o carro até um estabelecimento que o adulterou para a prática do crime. Já Carlos, ainda segundo a Justiça, foi quem entregou o carro aos executores. “Marcelo era o possuidor do veículo clonado utilizado para o crime e o levou até estabelecimento comercial para a realização das modificações necessárias para a prática do delito. Posteriormente, Marcelo ainda auxiliou Carlos em sua fuga para a cidade de Valinhos. Além disso, Carlos teria sido o responsável pela entrega do veículo Jeep Renegade aos executores do crime de homicídio”, disse a Justiça na decisão. No documento da decisão, a Justiça de Taubaté cita ainda que a participação da dupla no crime está comprovada pois foi descoberto, por meio de conversas nos celulares deles, que Carlos, preocupado com a investigação, pediu que um motoqueiro fosse até o local em que o Jeep Renegade preto foi entregue aos executores para descobrir se havia câmeras de segurança na região. Homem é morto a tiros em carro na região do Três Marias, em Taubaté, SP Lucas Rodrigues/TV Vanguarda Fórum de Taubaté Lucas Rodrigues/Taubaté Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina